Letra de 'Vende-se Esca Casa' de Laécio Beethoven

¿Quieres conocer la letra de Vende-se Esca Casa de Laécio Beethoven? Estás en el lugar adecuado.

En nuestro sitio web tenemos la letra completa de la canción de Vende-se Esca Casa que estabas buscando.

Vende-se Esca Casa es una canción de Laécio Beethoven cuya letra tiene innumerables búsquedas, por lo que hemos decidido que merece tener su lugar en este sitio web, junto con otras muchas letras de canciones que los internautas desean conocer.

Si llevas mucho tiempo buscando la letra de la canción Vende-se Esca Casa de Laécio Beethoven, empieza a calentar la voz, porque no podrás parar de cantarla.

¿Te encanta la canción Vende-se Esca Casa?¿No terminas de entender lo que dice? ¿Necesitas la letra de Vende-se Esca Casa de Laécio Beethoven? Te encuentras en el lugar que tiene las respuestas a tus anhelos.

VENDE-SE ESTA CASA

Laécio Beethoven
I
Um verbo, dois pronomes mais um nome.
Então, quatro palavras na plaqueta.
Um hífen, "facultavelmente", some!
Fonemas ressonantes quão trombeta.
A pólvora de quinze letras tome,
Do cano da vergonha, da escopeta,
A causa de vendê-la. Pois consome,
Aquece com mistério na espoleta.
Permite que palavras de parede
Assaltem com leveza de outra rede,
O leito milenar das honrarias.
Martela todo prego, que fincava,
Na tábua desbocada, que berrava,
Do justo cidadão suas agonias.
II
"Arranha-céus", choupanas desprovidas,
Projetos de estrutura branda ou forte
Nas vielas ou gigantes avenidas,
Nos bairros de pequeno ou grande porte,
Arriscam, sem arreios, nem guaridas,
Passivos, à mercê da própria sorte,
"Comprantes" que prolonguem quase vidas,
Senão demolição: imprópria morte!
Anúncios em papéis classificados,
Letreiros de muralhas, desbotados,
Decretam das moradas a sentença:
"FULANO VENDE". Número do "cel."...
Mil voltas dê planeta carretel,
Parede tem ouvidos, fala, pensa.
III
[Aceito bicicleta, geladeira,
Machado, cavador em pagamento.
Serrote, chave, foice, "roçadeira",
Cangalha, alforje, cela de jumento.
Preciso me livrar dessa treiteira
Saudade que baniu contentamento.
Deixou algoz cacimba financeira
Seqüelas imorais no pensamento.
O barro dos adobes que pisei,
A taipa da dispensa, que finquei,
Também o cercadinho de sisal,
Viveiros de assa-peixe na roseira
E o fruto nada mel da pimenteira
Percebem nostalgia no quintal.
IV
Tratar com "Jão-de-Deus", na Ponte Tal,
Defronte do curral do matadouro.
Recebo mixas cédulas de real.
Estou abrindo mão do meu tesouro.]
A sala lembra cheiro matinal,
De "crote", dália, de chapéu-de-couro...
Imagens dos lençóis sobre o varal
Ativam lacrimais e trazem choro.
Fogão de lenha, "piúca" na cozinha,
Silêncio sucumbindo "cantiguinha"...
...Princesa preparava bom pirão...
A bela mais "beliz" mãe-genitora,
Refém da sina. Tina coletora
De mágoa que goteja da visão.
V
"Pingueira", poeira, contas de água e luz.
A porta se empenando risca o chão.
Tapume mofado, Bom Jesus...
Focando garatujas lê-se: pão,
Sabão, café, balão, papai, cuscuz...
Crianças, giz cera, mão, carvão...
- tão certo como sol no mar reluz -
Rabiscam logo possam. Conclusão:
Da frente ao fundo grafam breve história,
Outrora desenhada na memória,
Por hora, com penares, se desfaz.
O flandres do carrinho de brinquedo
E cofre desse seu maior segredo
É livro que molhou, rasgou-se. Jaz!
VI
Fazer seu ninho tal "Maria-Barreira"
É sina secular de um homem sano.
Carinho, sonho, ferro, pá, madeira,
Juntados a trabalho, meses, ano.
Retratos, móveis, filhos, companheira,
Amor eterno... Salve-me de engano,
O tempo mestre dá-lhe uma rasteira,
Despeja fel na língua do fulano.
Nos laços rubros põe-se a dar um nó.
O "VENDE-SE" já fala por si só!
Exceto a compra e venda por dinheiro,
Despreza logo, por força maior,
Escritos no invisível livro-mor,
Mil rezas e mil risos verdadeiros.
VII
Na Ponte Tal, foi "Jão-de-Deus" achado.
Por quê? Interrogado! Que motivo?
Loucura? Quebradeira? Apaixonado?
Favor descreva vil dispositivo.
Qual vento impulsionou voraz tornado?
De onde partiria tal incentivo?
Qual fogo devorou a flor do serrado
Herdeiro desse amor mais intensivo?
Gabolas compradores foram lá.
"Jão", sério, começou a resmungar
Mas resumiu na forma de poesia.
De lauda, certidão de casamento.
Em décimas, no verso: [Juramento!]
Trovou com rimas métricas: [Um dia...

...Ao vê-la, senti desejos.
Casamento, mel, louvor...
Fiz babado dos meus beijos,
Fez bico pra o mesmo amor.
Enquanto o mundo girava
A luxúria visitava
A nossa teia de dois.
De casa um dia partiu,
Na vida se prostituiu,
À míngua, morreu depois.
Tirou da minha rotina
A graça das minhas crias:
Um menino e uma menina.
Pintou de cinza meus dias.
Vermelho, cor da varanda,
Lambuzou minha ciranda.
Meu peito ficou em brasa!
Na lapa do mundo, urgente,
Vou buscar minha semente.
VENDE-SE ESTA CASA].

Existen muchos motivos para querer conocer la letra de Vende-se Esca Casa de Laécio Beethoven.

Cuando nos gusta mucho una canción, como podría ser tu caso con Vende-se Esca Casa de Laécio Beethoven, deseamos poder cantarla conociendo bien la letra.

En el caso de que tu búsqueda de la letra de la canción Vende-se Esca Casa de Laécio Beethoven sea que te hace pensar en alguien en concreto, te proponemos que se lo dediques de alguna manera, por ejemplo, enviándole el link de esta web, seguro que entiende la indirecta.

Algo que sucede en más ocasiones de las que pensamos es que la gente busca la letra de Vende-se Esca Casa porque hay alguna palabra de la canción que no entiende bien y desea asegurarse de lo que dice.

¿Estás peleando con tu pareja porque entendéis cosas diferentes cuando escucháis Vende-se Esca Casa? Tener a mano la letra de la canción de Vende-se Esca Casa de Laécio Beethoven puede zanjar muchas disputas, y esperamos que así sea.

Recuerda que cuando necesites saber la letra de una canción siempre puedes recurrir a nosotros, como ha ocurrido ahora con la letra de la canción Vende-se Esca Casa de Laécio Beethoven.