Letra de 'Incipiens' de UnderSapiens

Eu
Trago o que cês não tragam
Vivo o que cês não respiram
Cês não sabem o que eu penso
Porque eu vi o que cês não viram

Cada vivência caleja os dedos
Te dando suporte a cada tropeço
Todo início tem um fim?
Eu não sei, porque eu tô no começo

Filha da puta, destino ladrão
Que interfere na luta e me joga no chão
Sem trégua nem folga, eu não quero perdão
Peres, Sapiens, sou "under som"

Cada passo dado em falso
Força dois com mais firmeza
Fins que justificam meios
Vêm de inícios com sapiência

Botânica, minha ciência
De hispânica descendência
Peres aqui eis, sou presença
De Sapiens, "under" é a essência

Desconsertaram os consertados
Nesse concerto aloprado
Fusos horários confusos
O mundo anda de cabeça pra baixo

Um sóbrio no mic
Enxáguo as mágoas, são águas passadas
Passou, não passa mais
Tratei de deixar pra trás

Se tudo anda fora de ordem
Há desordem assim
Se cada um fizer sua lei
Quem é que vai julgar enfim?

Underground, UnderSapiens
Subsolo do rap
Caneta, folha, track
Noites sem sono viram flashback
Nos teto, dos teto à bad
Em meus teto, dos teto à bad
Em seus teto, dos teto à bad
Nos teto dos teto...

Underground, UnderSapiens
Subsolo do rap
Caneta, folha, track
Noites sem sono viram flashback
Nos teto, dos teto à bad
Em meus teto, dos teto à bad
Em seus teto, dos teto à bad

O início é cadente a todos
Em meio à essa puta batalha diária
Desencontros constantes
A vida me leva ao caminho
Com fé vou seguindo
E com o que aprendi nas falhas de antes

Onde a maldade do mundo
Já tomou conta
Onde os problemas que na soma
Você perde a conta

Ah!
Fumar um e "faz de conta"
Não!
A esquina mostra... "Realidade"
Anos 2000, real Idade da pedra

Várias opções de cores na escuridão
Os olhos vêem... mas a mente é cega, néga
Liberdade mental pra refletir
Sobre a escolha certa

Mas na real mesmo, quem é que perde?
Experimenta esse chapéu pra ver se ele lhe serve
Olhe as direções e opções que segue
Mas na real mesmo quem é que perde?

A vida é agora e sem consulta é a prova
É sem fuga e não dá pra tirar a cara, cara
Armado do que sei e do que sou
Sendo a sobra e pagando de forma mais cara
Apenas a morte é a ação que me pára

E eu tô sabendo...
Que todo dia é uma evolução, revolução
Que todo dia é algo novo e outras missão
Várias questão, vários caminhos mas todos fazem meu norte
E eu não tô parado... Camaleão

E eu tô sabendo...
Que todo dia é uma evolução, revolução
Que todo dia é algo novo e outras missão
Várias questão, vários caminhos mas todos fazem meu norte
E eu não tô parado... Adaptação no som

Simultaneamente na minha frente
Vejo passar o tempo e passar gente

Vidas aleatórias, soldados sem vitórias
À procura do que importa
Entre a multidão anseiam por vitórias

Mais vidas como as suas se misturam nas ruas
É cada um na sua ou cada um com sua turma
Pessoas movendo pessoas à sua volta
Entre o caos da rotina e força de discórdia

Cada gota de um suor é pra alguém ao seu redor
Sem sentimento tudo isso vira em pó, oh só!
Retroceder? não pra quem procura vencer
Será que é certo ou não é certo se vender? por quê?

Já que isso não é o que importa
Só na sexta ficar com a boca torta
Ah!
UnderSapiens, nosso incipiens é agora
Estamos vivos, e essa aqui é a prova

Outra hora eu tava certo de pra onde ir
Caminho reto foi o que me coube
Até me corrigi, vi que tava bom aqui, costumo me iludir
O progresso do regresso se acostumou em me seguir

Mil idéias, o rap ativa
Um do bom da sativa mantém minha mente criativa
Seu sorriso falso não me cativa
Nem seu papo de um milhão de anos na correria

Mil idéias, o rap ativa
Um do bom da sativa mantém minha mente criativa
Seu sorriso falso não me cativa
Nem seu papo de um milhão de anos na correria

Nem seu papo de um milhão de anos na correira, mané