Letra de 'Filho da Família Tradicional Brasileira' de MeiaUm

Já fui casado mais de uma vez, duas, três
E fodo com putas enquanto não sai do nono mês
Filho de dória, foda-se a história, ô minha mãe ajuda ela com essa gravidez
Eu sou o Deus do burguês, o Deus anti-gays, Deus da estupidez mas manobro vocês
Eu dobro vocês, eu
Má bah tchê.. Pinochet? Fez o que? Ditador de que? Para, ustra que foi o cara
Teu corpo, minha regras e no metrô a gente se esfrega
E minha mão sem querer escorrega e tu ainda faz um vídeo e alega um suposto estupro?
Mas pra minha mina é o oposto, meu rosto é comum tipo imposto
Que a gente sonega de graça ou só nega sem graça e depois mete o loko
Mano e se ela me questiona brota um hematoma

8 de março é o dia dela, tem selfie com ela
Mas dia 9 ela dá mole, quer voltar pro coma
Com esse short de criança divulgando a poupa
Parecendo aquelas ninfeta do ensino médio
Joguei fora metade lá do teu guarda-roupa
Por amor, porque eu não quero tu sofrendo assédio
O pobre que ta em ascensão, pra nós é um gosto amargo
O pai falou pra não dar o peixe mas me deu meu cargo
Disse que ensinou a pescar mas me comprou um Camaro
Agora eu sou do dh, fã de hehehehehe
Pra minha filha eu ensino valores pra não virar puta
Hoje eu levei meu filho pra perder o cabaço com a puta
Quero a pena de morte, cidadão com porte e eu sou contra o aborto

Tempo bom, pobre sem passaporte só de transporte rodoviário e longe do aeroporto
O branco num é preso, sai ileso
O negro se fode, é condenado e agredido
Com sangue azul da cor do olho, o estado dá até o cú pra me deixar na clínica internado absolvido
Domingão parto pro culto do macedo, os podre oculto, sendo ignorante ou culto eu te convenço
E óh, nada contra o gay
Tenho amigos gays
Nada contra o negro
Eu cumprimento um negro
Só que eu sou normal
Sou tradicional
Mito do boçal
Nóis é universal

To cagando pra você, boto na vaga de deficiente (ó pátria que me pariu)
Finjo demência na fila de idoso pra se pá ficar na frente (ó pátria que me pariu)
Foda-se o povo, eu não devolvo o troco a mais por erro da atendente (ó pátria que me pariu)
Minoria se cale e se adapte a gente

Eu quero que se foda
Você sabe com quem tu tá falando?
Eu sou filho do "homem"
Não encosta, tu tá me escutando?
Você não sabe de onde eu vim, você não sabe quem eu sou
"Esse é o filho do doutorzin" , o pela saco, falador
A vida é que cobra playboy, não é do "plano" que eu tô falando
5i20 acorda, se adianta, malandro segue prosperando
Dona vânia costurando o dia todo, dona Maria requentando seu jantar
Dona cilene lavando o vaso dos outros e ó, tu marolando, vegetando no sofá
Que porra é essa? Cadê o respeito, a paz, o convívio entre nós?
É pega na rua, direita, esquerda, tu sabe no meio tá noiz, tá noiz, tá noiz
Que porra é essa? Cadê o respeito, a paz, o convívio entre nós?
É pega na rua, direita, esquerda, tu sabe no meio tá noiz
Tá noiz
Tá noiz

To cagando pra você, boto na vaga de deficiente (ó pátria que me pariu)
Finjo demência na fila de idoso pra se pá ficar na frente (ó pátria que me pariu)
Foda-se o povo, eu não devolvo o troco a mais por erro da atendente (ó pátria que me pariu)
Minoria se cale e se adapte a gente