Letra de 'Selva de Canibais' de Guilherme Azevedo

Selva de canibais

Gente suja, gente escrota, gente inútil, gente insossa, gente muda, gente cega,
A gente testemunha e nega.
Seu sangue ganancioso alimenta essa obsessão.
Seu pensamento invejoso vos mantém em escravidão.
Vive em busca de dinheiro, vive em busca de conquista.
Vive sempre em desespero, gente que nunca se arrisca.
Povo sem opinião, sem orgulho da nação,
Sem coragem de se opor à essa maldita imposição.
Abra teu ouvido e escute, levante a cabeça e lute,
não se adapte à esse meio, abra tua boca e mude.
Seja quem você quiser, nunca omita os teus conceitos.
Você faz os teus deveres, mas nem sabe os teus direitos.
Eles querem dominar, eles querem te anular, te manter alienado que é pra você não notar
Que a cabeça é sua, pense.
Que a vida é tua, tente.
Não se esconda nunca, enfrente.
É normal ser diferente.
Ainda quero conhecer esse alguém chamado Paz,
Nunca vou me conformar com essa selva de canibais, essa selva de canibais.
Não quero mais viver com medo, reprimido, em segredo, controlando minhas idéias,
Sei que eu mereço mais do que a selva de canibais.
Ainda quero conhecer esse alguém chamado Paz,
Nunca vou me conformar com essa selva de canibais, essa selva de canibais.
Não quero mais viver com medo, reprimido, em segredo, controlando minhas idéias,
Sei que eu mereço mais do que a selva de canibais.